13/09/2010

C.T.I e Corozita

        C.T.I - Companhia Taubaté Industrial
 
     Fundada em Taubaté pelo empresário Félix Guisard, a C.T.I iniciou suas atividades a 4 de maio de 1891. A primeira fábrica, construída pelo engenheiro Fernando de Mattos, foi instalada para a produção de meias e camisas e meia de algodão. A C.T.I teve em sua primeira diretoria: o empresário Félix Guisard, como 1º Diretor Gerente; o médico Dr.Rodrigo Nazareth de Souza Reis, como 1º Presidente e Valdemar Bertelsen, um experiente homem de negócios, como 1º Diretor Comercial. Os irmãos de Félix Guisard também passaram a colaborar na empresa: Teófilo, como mestre de fábrica; João Batista, como pesquisador de materiais e acionador de caldeiras a vapor e Eugênio, como pesquisador da produção. Em 1898 um incêndio destruiu parte das máquinas e do edifício, mas as dificuldades foram vencidas e em 1903 a C.I.T passou a produzir tecidos lisos (morins), desenhos do tipo Jacquard, brins riscados e toalhas felpudas, produtos de muito consumo na época. A partir dessa época, a C.I.T começou a expandir suas instalações.
      Depois de cuidadosos estudos feitos pelos seus diretores, foram os planos entregues à competência de Lindenberg, Alves & Assunção, engenheiros de vasta cultura e renome, que os transformaram em magnífico projeto. Em 1896 iniciou o serviço de fiação. Seu desenvolvimento foi vertiginoso em poucos anos, devido a abundancia de mão-de-obra e à exploração do trabalho também de mulheres e crianças, bem como o apoio político que recebia do governo municipal e estadual. A indústria absorvia a mão-de-obra de grande parcela da população taubateana, bem como de outras localidades. Distribuía a sua produção em diversas localidades do Estado de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná.
     A indústria têxtil, explica por seus atrativos da época em que se instalou no Vale do Paraíba e durante muitas décadas constituía uma grande aspiração das correntes migratórias do campo, ávidas pelo emprego seguro e decente na cidade. Em Taubaté quase todas as pessoas com mais de cinqüenta anos trabalharam na C.T.I, que pagava um salário atrativo para as condições da época e assegurava “regalias” próprias do setor.
     Em 1910, a C.T.I instalou a segunda fábrica, com 224 teares manuais para a fabricação de morins; com o passar do tempo, tornou-se famoso o seu morim “Ave-Maria”, que se tornaria o principal produto da empresa. Em 1912, começou a montagem da terceira fabrica, com a instalação de 868 teares manuais, para fabricação de cretones e morins.  Em 1942, ocasião durante de Félix Guisard, o prédio já estava pronto. O grande industrial Félix Guisard conseguiu seu complexo industrial, assessorado por seus filhos Félix, Alberto, Otávio, Raul e outros membros da família; após a morte do empresário em 1942, três de seus filhos passaram a administrar a C.T.I: Félix, a C.T.I, sem dívidas e com boa aceitação de sua produção, principalmente no mercado nacional, viveu sua fase de apogeu, chegando a funcionar com mais de mil teares, empregando cerca de 2.400 funcionários, produzindo o conhecido Morin ‘Ave Matia’(Ave Maria, citada anteriormente), Cretones e Lençóis ‘Canário’, produtos populares, mas boa de boa qualidade, vendidos em grandes quantidades, movimentando elevadas somas em dinheiro, o que conferia à C.T.I uma posição de destaque na indústria têxtil da América Latina. E exportava para os países Aliados (liderados pela Inglaterra; URSS; França e E.U.A) e para o “Eixo” (Alemanha; Itália e Japão), este último através dos navios argentinos, via porto de Santos. Até o inicio da década de 1950, a família Guisard controlou a maioria das ações da empresa, mas, em 1953, a família Veloso Borges, com empresas do Rio de Janeiro, adquiriu o controle de 96% das ações, mantendo o controle acionário da C.T.I até em 1970, quando a maioria das ações da empresa foi adquirida pela Companhia Nacional de Tecidos ‘Nova América’, com sede também no Rio de Janeiro. Depois de 1964, com a nova orientação do governo, os recursos energéticos da região ficaram praticamente proibidos de serem usados pela C.T.I, pois eles passaram a constituir-se em monopólio da União e de suas empresas estatais. Além disso, a indústria não se modernizou, embora sejam poucas as novidades tecnológicas desse setor. E perdeu o fornecimento de algodão que vinha do nordeste e foi obrigada a importar da Inglaterra, de um único fornecedor (acima mencionado) que acabou estrangulando as finanças da empresa.


Corozita Institucional.

O surgimento da era dos plásticos exigiu uma completa reformulação no processo de fabricação e no equipamento industrial utilizado, transformação iniciada em 1947, resultando em sucessivas modernizações até o estágio de completo atendimento as necessidades do mercado, seguindo o padrão internacional de qualidade.



Histórico dos botões: Descobrindo a magia deste pequeno grande acessório.

Foi desenterrado, no Vale do Indo, um amuleto de concha, furado com dois buracos, que poderia ter servido de botão por volta de 3000.a.C. Mil anos depois, as populações da Escócia e do Norte da Inglaterra “fabricavam” botões de um material chamado Azeviche. Os botões reapareceram no final da Idade Média, tanto para segurar quanto parta decorar as vestimentas.


Histórico da Juta.
“A Companhia Fabril de juta Taubaté, fundada em 1927, teve suas instalações ampliadas em, 1931,1933,1943, já na administração do empresário Mário Audrá.
Em 1931, a Companhia iniciou as primeiras plantações de papoula da região do Rio São Francisco, no vale do rio Paraíba, a fim de suprir suas fabricas com matéria –prima nacional.
Quando teve início a II Guerra Mundial (1939), prevendo uma possível falta de matéria-prima estrangeira (a juta da Índia), devido à falta de transporte marítimo, a Companhia voltou suas vistas para o rami do Paraná, o caroá do Nordeste brasileiro e depois para o vale do rio Amazonas, instalando ali, grandes usinas de beneficiamento e incrementando principalmente o plantio da juta no Alto Solimões.
Ao mesmo tempo houve a iniciativa de se plantar juta indiana na fazenda Maristela, propriedade da família Audrá em Tremembé e também na Fazenda da Divisa, em Redenção da Serra.
Em 1946 organizou o curso de alfabetização para adultos, o Departamento de Educação Física para os filhos dos seus dos seus trabalhadores, o Serviço de Assistência Dentária e a distribuição do Abono-Familiar, que foi, sem dúvida, um dos passos mais adiantados no setor de assistência social.
A Companhia Fabril de Juta Taubaté foi desativada em agosto de 1964.”




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