13/09/2010

O ciclo do Café e o Histórico de Industrialização em Taubaté

A partir da primeira metade do século XIX, o Vale do Paraíba experimentou o surto de progresso com a chegada do café, produto que por mais de cem anos seria a base da economia não apenas regional, mas de todo o Brasil.
Na região vale – paraibana, numerosas fazendas dedicaram-se à monocultura do café. Só em Taubaté eram mais de 80.
O café, produzido em grandes quantidades em todo o Vale do Paraíba, caracterizou essa região como a região mais rica e produtiva do Brasil.
A concentração de grandes fortunas constituídas a partir da produção e comércio do café deu a Taubaté um grande impulso de progresso, nunca vistos até então.
Nesse período, Taubaté e toda a região vale - paraibana adquiriram grande prestígio por sua situação econômica confortável, que proporcionava a seus moradores uma qualidade de vida superior à média do País naquela época.
Em fevereiro de 1906, Taubaté sediou um importante encontro dos governadores dos três maiores produtores de café no Brasil, os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, que tinha como propósito se criar uma “Caixa de Conversação” para maior valorização do café.
Foi um importante acontecimento para a história local, o que comprovava a posição de destaque que Taubaté desfrutava como a cidade de maior projeção no Vale do Paraíba.

 
Histórico da Industrialização em Taubaté

O declínio acentuado na produção do café nas primeiras décadas do século XX provocou uma necessidade de mudança na atividade econômica de todo o Vale do Paraíba.
Com a decadência do café, muitos fazendeiros falidos tiveram de vender suas propriedades, assim, a atividade econômica antes concentrada integralmente na monocultura do café agora se tornava diversificada.
As duas primeiras indústrias de Taubaté foram a Companhia de Gás e Óleos Minerais de Taubaté (1833) e a companhia Taubaté Industrial - C.T.I. (1891), sendo que esta última absorveu em seu quadro de funcionários grande parte dos imigrantes e antigos moradores da zona rural, que vieram para a cidade após a decadência do café.
Além das duas empresas pioneiras em Taubaté, outras de menor porte se juntariam a elas durante as primeiras décadas do século XX: as Indústrias Reunidas Vera Cruz, em 1923 (tintas); a Companhia Fabril de Juta, em 1927 (sacaria); a Corozita S.A., em 1935 (botões) entre outras.
Vários fatores contribuíram para um maior incentivo à industrialização em Taubaté, como a disponibilidade de mão-de-obra barata e especializada; as facilidades de comunicação entre São Paulo e Rio de Janeiro, pela estrada de Ferro Central do Brasil, e a rodovia São Paulo - Rio de Janeiro, ambas interligando cidades vale - paraibanas.
Atualmente, Taubaté não é mais o principal município industrial do Vale do Paraíba; porém, conserva sua posição de destaque como um importante centro industrial da região.

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